Os Castelos, Pálacios e Casarões do Vale do Paraíba

O Vale do Paraíba desde a época do Brasil Colonial tem em sua história, grandes construções que permanecem ocultas dos olhos do público, seja em locais de difícil acesso, como vilarejos, fazendas, bosques e vilas abandonadas, desde as mais visitadas.
Abaixo, você irá conhecer uma parte esquecida deste vale e que certamente irá lhe encantar :

Os Castelos da Villa Medieval
São José dos Campos

Situada na Estrada Bezerra de Menezes, 800, no bairro Torrão de Ouro, a construção é propriedade de Fernando de Mendonça, construída por volta de 2003. 
Nela existem 3 castelos, inspirados na arquitetura européia, como no País de Gales, Alemanha e Viena. Infelizmente não está aberta ao público.


Fazenda Resgate
Bananal

Cenário da novela Sinhá Moça (2006), a Fazenda Resgate pertenceu ao comendador Inácio G. Monteiro, no início do século XIX, que a vendeu a José de Aguiar Toledo. A fazenda atingiu sua fase áurea com Manoel de Aguiar Vallim, que construiu a sua sede, aproximadamente, em 1820. A casa, um solar assobradado construído em taipa de pilão e pau-a-pique, com planta retangular e telhado em quatro águas, constitui um dos mais ricos e requintados exemplos de moradia rural do período cafeicultor no Vale do Paraíba. O acesso ao pavimento superior se dá através de uma escada em pedra, localizada na elevação principal, protegida por uma pequena cobertura. No seu interior, encontram-se pinturas de José Maria Villaronga. O edifício sofreu algumas alterações, como a substituição de portas por janelas no pavimento térreo.


*Se quiser conhecer pessoalmente, é preciso agendar visita no site oficial que esta abaixo :
https://www.fazendaresgate.com.br/contato.php

Fazenda Caetê
Santa Branca

Construída em 1858, propriedade da família Machado, a Fazenda do Caetê já em mãos do capitão-mor Cláudio José Machado, geração dos Machados do Séc. XVIII, ocupava uma área de terra que ia do Caetê (sede da fazenda hoje) até o ribeirão do Salto.
O valor histórico dela se resume, no fato do dito capitão-mor ter assumido o comando das ordenanças de Jacareí, Santa Branca e Paraibuna, (depois de setembro de 1822) pronto a atender um pressuposto desembarque de tropas portuguesas no litoral de São Sebastião e reconstruir às pressas a antiga estrada São Sebastião – Paraibuna.
Por volta de 1870 foi comprada pelo lendário Coronel Gomes Leitão de Jacareí. Após sua morte em 1879, foi vendida, mas o estado da construção estava deplorável. Em meados dos anos 1930, Otto Macrander e Eva Aschkinass restauraram completamente a propriedade à sua antiga glória.


Fazenda do Serrote
Santa Branca

Deriva das terras que foram doadas em 1786 a Geraldo Nogueira, constante de terras entre as cabeceiras do ribeirão do Gomeatinga em direção a margem e do ribeirão do Salto. Essa parte da última fazenda foi adjudicada mais tarde ao Alferes José Joaquim Nogueira, filho de Geraldo Nogueira e irmão mais moço do Capitão Bibiano José Nogueira, que tomou a iniciativa de coordenar os esforços dos moradores do bairro da Angola à margem do rio Paraíba, onde construiu a Capela de Santa Branca, mais tarde nomeada de Capela Curada pelo Bispo Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade.


Castelo Nacional Inn
Campos do Jordão

Construção moderna em estilo medieval, o Castelo Nacional Inn Campos de Jordão funciona como hotel e também como espaço para casamentos e eventos. Pelas características arquitetônicas da edificação, o Castelo se tornou ponto turístico em Campos do Jordão. Entre os dias 9 e 12 de dezembro, foi palco de uma imersão promovida pela EMB – Escola de Magia e Bruxaria do Brasil.


Fazenda do Putim
Santa Branca

Pertenceu ao primeiro barão, Bento Lúcio Machado, de Jacareí, irmão de Cláudio José Machado, proprietário da Fazenda do Caetê.
O barão faleceu sem deixar herdeiros e em seguida, em condições não muito claras, faleceu a baronesa, cujos herdeiros venderam as suas partes na referida propriedade que abrangia os municípios de: Mogi das Cruzes e Jacareí (capela Curada de Santa Branca). As demais fazendas dessa região não resistiram ao tempo, foram todas divididas e subdivididas em pequenas e médias propriedades.
Hoje o local funciona um restaurante com comidas tradicionais incluindo um museu com um  pequeno acervo do século XIX e XX.


Solar Gomes Leitão
Jacareí

Um dos locais mais comentados no blog, o Solar Gomes Leitão (Museu de Antropologia) foi construído em 1857 pelo alferes, escravocrata, Coronel Gomes Leitão, com influências do colonial e neoclássico. Na construção foram contratados engenheiros ingleses e arquitetos franceses além da decoração rica, possui pinturas em muitas das paredes retratando o ciclo do café. O antigo solar é um dos sobreviventes do século XIX na cidade que foi considerada um das mais ricas no ano de 1860, muitas construções foram destruídas devido ao descaso da prefeitura.
(Aberto a visitação)

Solar Rangel
Guaratinguetá

Monumento estadual por seu valor histórico e arquitetônico, a casa do Capitão João Baptista Rangel, fazendeiro de café e tropeiro, foi erguida em 1866 para sua residência urbana. Permanceu com seus descendentes, guarda mobiliário, alfaias e documentos do Império e Primeira República. Durante a Revolução de 1932, foi ocupada por tropas constitucionalistas e federais. 

Fazenda Loanda

 Fazenda Loanda no município de Bananal, em São Paulo. O local conta com a construção em estilo neo-clássico e é datada de 1850, época em que a propriedade teve seu apogeu com o ciclo do café. Entre os moradores da Fazenda, está o Barão de Joatinga, que recebeu o título de D. Pedro II. A propriedade ainda mantém móveis franceses e vários objetos antigos bem conservados no seu interior. Em um dos seis porões da casa, está localizada a capela, que guarda as peças mais inusitadas: cenas da “Paixão de Cristo”, pintadas com o rosto de cada um dos operários que trabalhou na recuperação do imóvel.


Fazenda dos Coqueiros

Foi construída em 1855 pelo casal Major Cândido Ribeiro Barbosa e Joaquina Maria de Jesus.
O herdeiro do casal, Barão Ribeiro Barbosa nasceu com uma doença grave e seus pais fizeram uma promessa de doar o seu peso em ouro a Santa Casa de Misericórdia de Bananal. Ele conseguiu sobreviver e era conhecido como "Menino de ouro", famoso Barão Ribeiro Barbosa. O Major era conhecido como o 6° homem mais alto do mundo.
Com a abolição da escravidão, a fazenda foi vendida para Luiz Dias conhecido comerciante de Itajubá.
Hoje a fazenda pertence a Maria Elisabeth Brum Gomes e Antônio Augusto Ferreira Gomes que permitem a visitação à fazenda que mantém intacta sua estrutura e peças do século XIX e da escravidão.
Mantém suas senzalas, moinhos e banheiro como antigamente.
O turismo da fazenda é voltado para o turismo histórico, cultural e pedagógico, além do turismo místico que se desenvolveu com a demanda existente já que as religiões dos escravos tem um peso muito grande na região.


Fazenda Boa Vista


O Hotel já foi a fazenda mais rica do ciclo do café no século XIX e hoje preserva sua rica história através de sua beleza arquitetônica no estilo colonial. O início de sua construção foi datado em 1780, no período do Brasil Colônia.
O cenário da fazenda carrega inspiração para diversas produções cinematográficas e televisivas, tais como: O Casarão (1976), Dona Beija (1986), O Coronel & O Lobisomem (1995), Cabocla (2004), Um Só Coração (2004), Sinhá Moça (2006), Beleza Pura (2008), Saramandaia (2013), O Prisioneiro da Liberdade (2019); além de produções internacionais como a série Equador (2008), da emissora TVI, de Portugal. 


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